Então, o calor de sua pele encontrou o calor de minha pele, e juntos, se misturaram ao calor daquela noite.
Depois de um dia inteiro passeando pelas ruas perto da praia, absorvendo todo aquele calor, toda aquela alegria contagiante de cada batida de cada pandeiro, fomos até a praia. A areia ainda estava quente, e a água, gelada. Nenhuma brisa naquela noite. Era por volta das oito da noite, e o calor estava sendo agradável. Não era aquele calor irritante… era mais para o calor que vem logo após vários dias de frio. Era um calor aconchegante. Que nem os braços dele.
Resolvemos passear pela areia, ouvindo, ao longe, um típico samba carioca. As ruas estavam cheias de turistas querendo descobrir mais sobre aquele lugar. Tudo estava tão perfeito. Estendemos uma canga na areia, e lá ficamos. Tentando observar o mar através daquela escuridão, e só conseguindo navios de cruzeiros ao longe. Contamos estrelas, chegamos ao infinito. Observando os aviões passando, fazíamos de conta que eram estrelas cadentes. Fazíamos nossos pedidos, todos tendo algo em comum. A única coisa que eu desejava era poder tê-lo para sempre. Ele desejava me ter para sempre. Coisa boba de se pedir. É óbvio que vou ser sempre dele.
Rolamos pela areia já morna, abraçados, sem nenhuma vontade de nos soltarmos. Corremos de um lado para o outro, feito crianças brincando de pique-esconde, mas como ele sempre foi rápido, ele me alcançava e me puxava para ele, e acabávamos nos beijando. Depois, resolvemos dar mais algumas voltas, e entramos no carro. Abrimos as janelas o máximo que podíamos, e deixamos aquele ar quente entrar. Que coisa agradável. Chegamos em casa, na nossa casa, e continuamos com a brincadeira que estávamos tendo na praia.
E aquela foi uma ótima noite de calor.
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