segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Quando os EX's voltam (Luciana Matia Penteado) --- Quando voltam OS EX é (Luciana Matia Penteado)





Você, eu, todos nós temos na biografia histórias sentimentais para contar, com enredos mais e menos marcantes, lembranças profundas, superficiais, enfim, trazemos conosco um álbum mental, dividido em capítulos onde os espaços são de tamanho e formato desiguais, de acordo com o tempo, a intensidade e o embaraço de cada experiência que vamos vivendo com muita ou pouca vontade. Depende do quanto nos envolvemos e o tipo de retorno que tivemos. E ainda, o quanto de perfume que restou no frasco.

Quem não teve uma grande paixão que chegou ao fim? Quem já não bebeu um coquetel de emoções desordenadas que culmina em saudade nos dias de chuva? Quem não sabe reverberar qual a pessoa com quem arriscaria uma segunda investida, e é somente essa que lhe dá uma sensação de sede, de que quebrou os pratos antes do jantar, um pressentimento sensorial inexplicável de que existe chance de inventar uma nova bebida para o mesmo convidado. Embora o ciclo tenha se fechado, esse amor de segunda, ao ressurgir das cinzas, pode possibilitar um notório flerte com o passado, com prognósticos irresistivelmente tentadores. E aí, como fica?

Examinam-se os dois pólos: o que existe de tão atrativo no outro e qual o percentual de não se meter em fria (leia-se: pôr o pé na jaca) dessa vez. Determinam-se, mesmo que inconscientemente, diferenças e semelhanças naquilo que houve e o que promete (ou insinua) o futuro. A e B estão na iminência de um revival onde já se conhece a personagem, a sua atmosfera, os seus defeitos e qualidades e as possíveis ações e reações frente às circunstâncias. Essa é a hora derradeira em que se dá um passo atrás ou se atira à própria sorte, não sem antes perguntar a si mesmo: - Será que vai ser do mesmo jeito?

É impossível não rebuscar os porquês de o relacionamento ter chegado ao fim se ficou um pouco de líquido na taça. Também é improvável que não se tenha um leve aroma de desconfiança nesse torcicolo emocional, ainda mais se ambos, ou um dos dois, envolveu-se com outra pessoa, teve uma história, enrijeceu ou abrandou a personalidade e, por último, mas não menos importante, se anda meio carente. Optando pelo sim, trata-se de captar o erro do outro para justificar o fracasso anterior e fazer diferente dessa vez para que dê certo. Isso sim é um erro. Só se volta com alguém por atração sentimental, nunca para modificar a pessoa.

Não, não terá o mesmo sabor. Pode ser que seja suave ou cítrico. Será necessário, além da química, um pouco de entusiasmo e solidez no que se quer para lidar com o novo-velho amor. Esse cenário que se abre é composto por outras esferas onde as velhas discordâncias causadoras do afastamento não podem e não devem entrar. Se os sentimentos permaneceram, a essência e o tesão, é por que ainda pode haver algo para ser vivido, a ser dito, arriscar de onde parou ou, preferencialmente, iniciar com outra trilha sonora.

É prudente colocar o pé devagar, com cuidado, mas sem hesitar em estender a mão (e o corpo todo) se a vontade é mesmo de encontrar calor. As pessoas estão sujeitas a desconfortos e equívocos emocionais de toda ordem, a qualquer hora. Importante, porém, é não ter as histórias construídas como fatos consumados, a menos que tenha sido algo muito ruim. Se a vida é composta de momentos, não se pode intuir que o que viveu com aquela pessoa será sempre da mesma forma. Se for para mergulhar, que se mergulhe, mas sem esperar estorno. Ninguém é dono da verdade e a imperfeição nos acompanha. Pena que às vezes a gente esquece isso

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You, me, we all have sentimental biography to tell stories with more plot and less striking, deep memories, surface, finally, we bring with us a mental album, divided into chapters where the spaces are of unequal size and shape, according to Over time, the intensity and the embarrassment of every experience we live with too much or too little willingness. It depends on how we engage and the type of feedback we got. And yet, how much perfume is left in the bottle.

Who has not had a great passion that came to an end? Who has not drank a cocktail of emotions culminating in disordered longing on rainy days? Who does not know which reverberate with the person who would risk a second charge, and it is only this that gives a sensation of thirst, that broke the dishes before dinner, an inexplicable sense of foreboding that there is a chance to invent a new drink for the same guest. Although the cycle has been closed, this love of the second, on rising from the ashes, can enable a notorious flirtation with the past, with predictions irresistibly tempting. So, how is it?

It examines the two poles: what is so attractive about each other and what percentage of not getting into cold (read: hitting the jack) this time. Are determined, even if unconsciously, differences and similarities in what was and what promises (or implies) the future.A and B are on the verge of a revival where you already know the character, its atmosphere, its qualities and defects and the possible actions and responses to circumstances. This is the last hour that takes a step back and throws himself to his fate, not without first asking yourself: - Will it be the same?

It is impossible not to ransack the whys of the relationship came to an end it was a little liquid in the cup. It is also unlikely that there has a light scent of mistrust that torticollis emotional, even if both or one of two, became involved with another person, had a history, stiffened or softened the personality and, last but not leastimportant, if you go missing middle. By choosing yes, it is to catch the error the other to justify their failure before and do differently this time to make it work. Now that's a mistake. Only if someone comes back with a sentimental attraction, never to change the person.

No, do not have the same taste. It may be soft or citrus. It will be necessary, beyond chemistry, a little enthusiasm and strength when it wants to deal with the new-old love. This scenario opens is composed of other spheres where the old disagreements causing the removal can not and should not enter. If the feelings remain, the essence and horny, why is there still may be something to be lived, said to be risk where you left off or, preferably start with another soundtrack.

It is wise to put your foot slowly, carefully, but without hesitation in extending the hand (and body) even if the will is to find warmth.People are subject to emotional discomfort and misunderstandings of all kinds, at any time. Importantly, however, is not to have stories built as accomplished facts, unless it has been very bad. If life is made up of moments, one can not intuit what lived with that person will always be the same. If it is to dip, soak it, but without waiting for reversal. Nobody owns the truth and imperfection with us. Too bad that sometimes we forget it

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